Cientistas dizem que 2023 deve ser o ano mais quente dos últimos 125 mil anos

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Cientistas do observatório europeu Copernicus anunciaram nesta quarta-feira (8) que 2023 deve terminar como o ano mais quente em 125 mil anos.

Os dados mostram que o último mês de outubro foi o mais quente do mundo nesse período. O mês superou o recorde de temperatura do outubro anterior, de 2019, por uma larga diferença, segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia.

“O recorde foi quebrado em 0,4 graus Celsius, o que é uma margem enorme.”
— Samantha Burgess, vice-diretora do C3S

O meteorologista Giovani Dolif, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério da Ciência, faz um alerta no mesmo sentido.

Ele explica que o El Niño e a dinâmica da temperatura dos oceanos são independentes do que ocorre na atmosfera e, por isso, é necessário que a sociedade controle o que está ao seu alcance: ou seja, reduza a emissão de gases que faz com que a Terra fique mais quente.

“A combinação de um oceano mais quente com a alta crescente do calor na atmosfera causou o que estamos vendo agora. É preciso controlar as emissões de gases para que a gente não tenha, na soma desses dois eventos, recordes de calor como o que estamos vivendo.”
— Giovani Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)

Mas como os cientistas chegaram à comparação com os 125 mil anos?

 

A explicação está na paleoclimatologia, segundo Dolif.

São usados métodos que não têm precisão temporal, mas que permitem estimar uma certa época com a simulação do comportamento da atmosfera para climas passados.

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