Acre é o 2º com a menor desigualdade salarial, mas diferenças de gênero e raça persistem

The symbols of male and female on piles of coins, gender pay equality concept
The symbols of male and female on piles of coins, gender pay equality concept

Dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgados nesta segunda-feira, 7 de abril, pelo Governo Federal, revelam que o Acre é o segundo estado com a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres no Brasil.

No ranking entre as unidades da Federação, o relatório aponta que as menores desigualdades salariais do país estão em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%).

Na outra ponta, com as maiores disparidades de gênero em relação aos salários, estão os estados do Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%).

No Acre, foram avaliados 39.519 vínculos de trabalho em 122 estabelecimentos. A média da remuneração dos homens é de R$ 2.426,24, enquanto a das mulheres é de R$ 2.214,05, uma diferença de R$ 312,19.

Quando o recorte é racial, homens não negros ganham, em média, R$ 2.571,89, enquanto homens negros recebem R$ 2.403,17 — uma diferença de R$ 168,72.
Já entre as mulheres, a diferença é de R$ 130,40. Mulheres não negras ganham, em média, R$ 2.303,24, e mulheres negras, R$ 2.172,84.

A diferença também aparece no número de trabalhadores. Dos mais de 39 mil vínculos de trabalho avaliados, 21.573 são de homens e 17.946 de mulheres. Deste total, 11.783 são mulheres negras e 6.129, mulheres não negras. Já entre os homens, 14.505 são negros e 7.102, não negros.

Apesar de serem maioria no mercado de trabalho do estado, os dados revelam que mulheres e homens negros ganham menos no Acre.

O levantamento baseou-se nos números do Relatório Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2024, com a análise de 19 milhões de vínculos — 1 milhão a mais em comparação com o RAIS de 2023.

No primeiro Relatório de Transparência Salarial, lançado em março de 2024, verificou-se que a remuneração das mulheres no Brasil era 19,4% menor que a dos homens. Já no segundo, publicado em setembro do mesmo ano, esse índice subiu para 20,7%

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